quinta-feira, 30 de junho de 2011

O mundo azul pede socorro!

Meu mundo azul guarda segredos...
O inferno sem medo
O céu sem castigo
O medo dos preconceitos
A fome dos oprimidos
O abrigo dos justos
 A coragem dos destemidos
Tá tudo errado! Então vamos embaralhar:
                                                             
Coragem      abrigo      inferno

                                      
                       céu            castigo


preconceitos           medo


 OPS! Socorro poeta! Eu não sei mais rimar...        



quarta-feira, 29 de junho de 2011

SÓ OS CORAJOSOS AMAM

E quando as palavras se tornam vazias, os corajosos se põem a amar...
Vivendo num embate constante contra o tempo,
Lutando contra as coisas que não podem mudar...

Pensando na vida que não pode mais levar,
Pessoas que não pode perdoar, e no tempo...
Tempo que não pode parar,
Mágoas que não pode apagar
Sonhos que não consegue realizar...

E assim a vida corre solta como as areias do mar e  pertuba a idéia de não poder mais voltar!
E quando as palavras se tornam vazias, os corajosos se põem a amar...

E deixa o tempo passar... E vira prá lá e prá cá, mexe aqui, remexe acolá! Deixa, que toda hora há de chegar...
Doce vingança da vida!Oh! vida, por que não me avisas-te que seria assim, tudo prá você e nada prá mim...

E quando as palavras se tornam vazias, os corajosos se põem a amar...

E tudo passa, só o amor não passará...
E tudo morre, mas vida há de nascer...
E tudo vive, na certeza de se encontrar, o sol, o mar, a criança em mim!

E tudo há de girar numa bola azul ...
E do nada há de surgir outro mundo, o melhor dos mundos!
E do tudo há de nascer por um segundo, o meu amor por ti...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Tardes de verão


Nessas tardes, onde nada há o que fazer
O vento, o sol, o mar me levam onde você está ...
No horizonte sem fim, lá sim, eu posso te encontrar
E me dizer porque sou tua, a medida que a onda chega devagar

No momento em que a água me levar
Ou tocar levemente os meus cabelos
Vou pensar nas tuas mãos a me acariciar

E o sal da praia há de queimar todo o resto de amor
Que ainda sinto por ti
E você há de sumir, como areia, levada pelo mar...
E você há de sentir na pele o sol a te bronzear...

Mas nunca há de amar o mar como antes!
O sol há de se pôr bem cedo,
para não te ver chegar!
E a lua há de dormir mais tarde
Para esse dia não voltar...


E que se nasça outra noite sem dia
E outro dia sem noite!
E que se parta o céu em dois
num raio de luz
E que me surjas outra vez do nada ou do pó
Ou que te afundes na lama, Ucides cordatus
Ou que me esperes até o momento da descoberta!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Despertar


Se pudésseis sentir-me a alma agora,
Veria que ela chora ao despertar da manhã...

Todos os gritos me parecem em vão,
e o mistério implora pela sua descoberta
Fico desejando o seu olhar no meu,
sem nunca esquecer do seu...

Paralisado fica meu corpo,
prestes a desmoronar do céu...
Salto no chão deserto,
pois repleto é meu pensamento de amor!

E se acaso pudésseis compreender,
o que prá mim parece incompreensível
O meu orgulho ferido há de partir-se como "iceberg"num oceano sem fim...

segunda-feira, 6 de junho de 2011

SOFRIMENTO




Você é um espinho no meu coração...
Incômodo de toda uma existência,
Infinita dor que nunca passa,
Ao contrário transpassa,
Fere-me contundente a alma
E não me deixa dormir

Você é um pigarro que nunca me abandona,
Uma febre que nunca tem fim...
Ao contrário me queima,
Mata-me aos poucos,
Turva-me a mente,
Sem me deixar pensar

Você é uma sombra que me segue pelas ruas,
Um calo seco que trago há muito tempo nos pés
E que me acompanha aonde quer que eu vá

Você é uma dúvida que eu sempre vou ter,
Uma pergunta que ninguém vai responder,
Um pássaro que morreu, mas nunca vôou,
Uma vida que nunca se quis,
Uma lágrima que nunca correu uma face...

Você é alguém que nunca se foi,
Uma faca afiada, amolada por ressentimentos,
Angústia que dificulta minha respiração
e que a visão das coisas embassa,
Guerra Fria, onde ninguém se ataca...

Você é minha morte por envenenamento,
Destruição por onde passo,
Mentira que se tornou verdade,
Maldade que aniquila os sonhos do inocente

Você é o meu último suspiro no leito de morte,
Movimento involuntário transmitido em palavras,
O socorro que jamais chegará

Você me paralisa os sentidos,
Convulsão que me desorganiza o cérebro,
Falência múltipla de órgãos que me leva à óbito
Você é a vontade de dizer em segundos
O que se sente por uma vida inteira...

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Amor Verdadeiro



E assim você veio...
Despido de todas as embalagens
Tocando-me levemente a alma
E tornando igual tudo aquilo que me parecia diferente

E assim eu te amei...
Com todas as imperfeições e limites
Então, pus-me a correr pelos campos, a colher flores e desvendar segredos

E agora me sopra a aragem da vida quase perfeita,
sabendo que não basta apenas sentir-me você,
mas possuir aquilo que deveras sentes

Meu sonho mais intenso de amor a se tornar verdade!
Longe das palavras e da visão de uma época, longe das mentiras e mais perto da realidade
Essência de tudo que imaginava ser o amor


Sem nada para pensar

Um belo dia acordei de um sono profundo
E esperei a morte chegar...
Como ela tardava a vir, resolvi então esperar, e saí a andar pelo mundo...
E pus-me a viver sem sonhar, sem mais amar, sem mais cantar, sem sorrisos, nem lágrimas
E me recolhi num trabalho incansável de nada fazer
Foi assim que tudo começou a andar devagar: carreira, amizade, família, tudo pudia esperar...
Minhas vontades, meus desejos, tudo eu fui deixando prá lá!
E assim eu via a vida passar...
Até que fui sentindo falta das noites sem preocupação, sem hora certa prá voltar e sem ninguém prá me esperar
A vida assim, transcorria mais leve e não era pesado caminhar, por isso fui deixando o tempo passar...
A magia das coisas não mais existia em meu coração e só por isso eu quis voltar prá mim e para as coisas que ainda me faziam sorrir
Mas como reaprender a andar, se eu não sabia mais falar de mim?
Juntar um quebra–cabeça de peças perdidas e de mentiras mil vezes repetidas
Tudo estava muito organizado e eu precisava desarrumar para encontrar um sentido
Não, não queria me repetir, outra vez de mim, eu não queria ser!