Depois de você, nunca mais deixei ninguém saber quem sou...
Nem nunca mais deixei aberta a porta do meu pensamento...
E sempre que percebo, por descuido talvez, que a deixei aberta, trato logo de depressa fechá-la com cuidado...
Depois de você, nunca mais quis falar a verdade e por vingança ou maldade, guardei bem longe num canto escuro e esquecido o amor que um dia te dei...
Depois de você, nunca mais tive bons pensamentos e passei a ter sonhos curtos com os pés bem firmes ao chão...
Nunca mais quis ser amiga verdadeira e passei a enxergar as pessoas tortas como elas realmente são...
Depois de você, passei a confiar mais em mim e apenas no que diz meu coração... E a ver a maldade em todo e qualquer irmão...
Depois de você, minha vida encheu-se de mágoas e também de muito sentido... E depois do ruído, nunca mais ninguém ouviu um só fraco gemido saído de mim...
Depois de você resolvi ser “gente grande” e nunca mais chorar...
E aprendi a fazer pouco caso de qualquer um que porventura queira me magoar...
Depois de você, livrei-me de tudo que me causava mal estar e pus fim a todas as amizades que me soavam falsas ou vazias...
Depois de você esqueci-me dos pudores, dos conceitos e preconceitos que me seguiram por toda a vida...
Depois de você, nunca mais busquei perfeição em nenhum ser humano e passei a admirar só o que de belo me diz a natureza...
Depois de você, é claro, que quis amar de novo! Mas nunca mais de novo quis amar você...
Tathiane Galdino dos Santos 15/02/2004
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