quarta-feira, 22 de junho de 2011

Tardes de verão


Nessas tardes, onde nada há o que fazer
O vento, o sol, o mar me levam onde você está ...
No horizonte sem fim, lá sim, eu posso te encontrar
E me dizer porque sou tua, a medida que a onda chega devagar

No momento em que a água me levar
Ou tocar levemente os meus cabelos
Vou pensar nas tuas mãos a me acariciar

E o sal da praia há de queimar todo o resto de amor
Que ainda sinto por ti
E você há de sumir, como areia, levada pelo mar...
E você há de sentir na pele o sol a te bronzear...

Mas nunca há de amar o mar como antes!
O sol há de se pôr bem cedo,
para não te ver chegar!
E a lua há de dormir mais tarde
Para esse dia não voltar...


E que se nasça outra noite sem dia
E outro dia sem noite!
E que se parta o céu em dois
num raio de luz
E que me surjas outra vez do nada ou do pó
Ou que te afundes na lama, Ucides cordatus
Ou que me esperes até o momento da descoberta!

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