sexta-feira, 3 de junho de 2011



Sem nada para pensar

Um belo dia acordei de um sono profundo
E esperei a morte chegar...
Como ela tardava a vir, resolvi então esperar, e saí a andar pelo mundo...
E pus-me a viver sem sonhar, sem mais amar, sem mais cantar, sem sorrisos, nem lágrimas
E me recolhi num trabalho incansável de nada fazer
Foi assim que tudo começou a andar devagar: carreira, amizade, família, tudo pudia esperar...
Minhas vontades, meus desejos, tudo eu fui deixando prá lá!
E assim eu via a vida passar...
Até que fui sentindo falta das noites sem preocupação, sem hora certa prá voltar e sem ninguém prá me esperar
A vida assim, transcorria mais leve e não era pesado caminhar, por isso fui deixando o tempo passar...
A magia das coisas não mais existia em meu coração e só por isso eu quis voltar prá mim e para as coisas que ainda me faziam sorrir
Mas como reaprender a andar, se eu não sabia mais falar de mim?
Juntar um quebra–cabeça de peças perdidas e de mentiras mil vezes repetidas
Tudo estava muito organizado e eu precisava desarrumar para encontrar um sentido
Não, não queria me repetir, outra vez de mim, eu não queria ser!

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